terça-feira, 29 de setembro de 2020

PAÇO DAS CANS


Quinta do Paço das Cans
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[1] «quinta das Cans» e «Tombo da Quinta das Cans» 

    D'ahi por diante foi-se aumentando (Mezão-Frio) de maneira que chegou a ter 900 a 1.000 visinhos, e pela sua capacidade a fiseram cabeça de comarca, attribuindo-lhe um amplo districto, que abrangia o concelho de Gestaçô, junto a Amarante, e Corgo para baixo, e, o que mais é, a Torre de Moncorvo, que era desta jurisdição, tendo cor.or e juntamente provedor. 
    E neste dominio se conservou até o tempo do Snr. Rei D. Sebastião, cujas armas permanecem ainda hoje em umas medidas de bronze, que como cabeça de comarca servirão de talha: e agora ainda que sem uso, se chamam medidas do conc.o o que serve de abono desta verdade... E tambem: Em o convento de Santa Cruz, de Lamego, está o tombo da sua quinta das Cans, cujo titulo é o seguinte - Tombo da Quinta das Cans, sita no con.co de Godim, comarca de Meijão-frio, junto ao rio Douro ano 1576.” 
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[2] «antiga quinta das Cans»

    Mas, à mesma distância da vila, pouco mais ou menos, na freguesia de Godim e no sítio de Lousada, em uma propriedade pertencente ao sr. Manuel Gomes Cascarejo, foi encontrada, em abril de 1904, quando nela procediam a um saibramento, uma abóbada de tijolos, romana, que se deve achar ainda no mesmo sítio, à profundidade de 1m,50 da superfície do solo; e, na Régua mesmo, se poderão descobrir também vestígios seguros de os romanos nela habitarem: e na estrema da quinta de Vila Pouca, a partir com a antiga quinta das Cans, hoje pertencente ao sr. dr. Manuel da Costa Pinto, apareceram, há poucos anos, na margem direita do ribeiro que atravessa, alguns lastros e alicerces de tijolos romanos e várias pedras de cantaria, pelo que se crê que a Régua antiga se estendia marginalmente ao Douro, para o lado do poente.” 
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[3] «Paço das Cans dos religiosos de Santa Cruz de Lamego»

    A quinta (do Lodeiro) é descrita como composta de casas, campos, vinhas, olivais e mais pertenças, que são todos os bens que tem na freguesia de S. José de Godim, no termo da vila de Santa Marta de Penaguião, de vários prazos foreiros a diversos senhorios, a saber, à comenda de Moura Morta, ao Paço das Cans dos religiosos de Santa Cruz de Lamego, a Gonçalo Monteiro de Vila Marim, à Misericórdia de Mesão Frio e a José Pinto de Godim. Os bens foreiros à comenda por 1.150.000 reis. Os foreiros a Santa Cruz por 300.000 reis.” 
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[1] FORNELOS, Álvaro Maria de (1886), “Memória Histórico-Económica do Concelho de Mesão-Frio, dissertação para a cadeira de ecónomia política”, pág. 28. Coimbra. através de OLIVEIRA SOARES, José A. de (1936), “História da Vila e Concelho do Peso da Régua”, pág. 11 e 12, 2ª Edição (1979). Peso da Régua: Imprensa do Douro. 

[2] OLIVEIRA SOARES, José A. de (1936), “História da Vila e Concelho do Peso da Régua”, pág. 15 e 16, 2ª Edição (1979). Peso da Régua: Imprensa do Douro. 

[3] TAVEIRA, António (2014.mai.06), “Forum de Genealogia - geneall.net: André Borges de Mesquita (*c.1700, Peso da Regua) / RE: Manuel Caetano Pereira”. Disponível em https://geneall.net/pt/forum/159618/andre-borges-de-mesquita-c-1700-peso-da-regua/, [c.29.set.2020]; através de MONTEIRO deQUEIROZ, E. J. (2020.set.29). “TEXTOS, ESTUDOS, RECOLHAS e CONTRIBUTOS… Colectânea de Textos e Outros… / Venda da Quinta de Lodeiro, em 1810 – Vários topónimos de Godim”. Disponível em https://docsdequeiroz.blogspot.com/2020/09/venda-da-quinta-de-lodeiro-em-1810.html, [c.29.set.2020].
RENASCIMENTO DAS "COUSAS OLVIDADAS"


Das "Cousas Olvidadas" não reza a história.
Por isso temos que ressuscitar essas "Cousas",
que nossas são, da "Campa do Olvidismo",
sob pena de as perdermos para sempre.
E se assim ninguém o fizer, ninguém o fará por nós!
E mais pobres ficaremos! 

2020.maio - Monteiro deQueiroz